Atleta?Não, Skatistas! Por Cesinha Chaves*

Em 1968, fui com minha família para Petrópolis, uma cidade imperial perto do Rio de Janeiro. Na bagagem , levei o meu primeiro skate, que era feito com um patins de rodas de borracha aberto ao meio e parafusado numa tábua reta. Lembro-me muito bem quando meu pai me levou num ringue de patinação onde brinquei um tempão com meu skate. Também me recordo dos olhares das pessoas que viram aquilo como uma coisa estranha. Um garoto andando sobre uma taboa com rodinhas - algo totalmente inusitado e fora do propósito para muitos. Desde então, reparei que o skate era diferente. E esse foi um dos motivos para mim me amarrar no bicho."Um lance diferente, só meu", pensei.

 Com o passar do tempo, que o skate estava formando um mundo novo graças as seu adeptos, que não se cansavam de romper novas barreiras na busca de novos terrenos e por que não dizer, novas formas de expressão!?

Vierão o uretano, os skateparks, as manobras, e o skate sofreu uma expansão atingindo um universo muito maior, que aos poucos foi solidificando-se, tornando-se um "mercado".

O "sistema"começou a absorver o brinquedo inocente e logo, o lado do skate como esporte começou a ser explorado.

O skate sempre foi algo inovador e principalmente, anáquico, no sentido de não existirem regras para se praticar: você simplesmente anda. Não tem que interagir com terceiros, seguir regulamentos ou mesmo procurar um terreno específico para a prática: anda-se de skate em qualquer lugar!!! Calçada, rua , quadra, pista, rampa, piscina, tubo, garagem, corrimão, guia, cozinha, sala, quarto...

                                                                                                                             Continuação